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Como a Baker Hughes está transformando novas ideias em tecnologias inovadoras

Q&A

Como a Baker Hughes está transformando novas ideias em tecnologias inovadoras

September 27, 2022

Conheça a equipe que trabalha para dar vida a novas ideias com tecnologias inovadoras que são combustível para o futuro da energia.

A Baker Hughes criou o time New Frontiers como uma plataforma de investimento estratégica para formar parcerias, investir e desenvolver empresas em estágio inicial com soluções ousadas para resolver os maiores desafios da indústria no objetivo de para descarbonizar. O vice-presidente de New Frontiers, Luca Maria Rossi, explica como eles estão lidando com isso.

EFS_September 2022_New horizons
 
Pergunta
Você pode nos contar a história do New Frontiers até agora?
 
Luca Maria Rossi:

A Baker Hughes está orgulhosamente presente na indústria de petróleo e gás, mas também sabemos que, para lidar com as mudanças climáticas, precisamos explorar novos campos para avançar na transição energética. Estamos explorando espaços onde a Baker Hughes não atua atualmente, com uma visão de longo prazo. A ideia da New Frontiers é explorar, investir e acelerar a comercialização de tecnologias de ponta que são promissoras e inovadoras

Passamos muito tempo no ambiente de inovação, conversando com startups, universidades, outras incubadoras e aceleradoras. Procuramos, a) tecnologias, b) startups interessantes, e c) pessoas interessantes que, quando reunidas, podem criar recursos.

Hoje, contamos com cerca de 12 pessoas totalmente dedicadas ao New Frontiers, com acesso a mais de 200 especialistas da empresa. Nosso papel é ligar os pontos, e isso é definitivamente uma maratona, não apenas uma rápida corrida. Temos que ter paciência porque esse mercado está em formação – ele será significativo em 2030 e enorme em 2040.

 

Pergunta
Quais tecnologias são suas principais áreas de foco?
 
Luca Maria Rossi:

Já fizemos nove investimentos, o primeiro em março de 2021. Temos uma ampla gama de investimentos, incluindo CCUS, hidrogênio, armazenamento de energia, descarbonização, gestão de ativos industriais e outras tecnologias em desenvolvimento. Investimos de várias formas: às vezes é uma aquisição, outras vezes é um investimento minoritário ou investimento somado ao licenciamento. Nosso papel é continuar ultrapassando os limites e descobrir onde podemos fazer pequenas apostas para testar novas soluções e abrir novos mercados para a empresa.

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 Mapa de processos utilizado durante a abordagem New Frontiers 
 
Pergunta
Como sua equipe trabalha com startups?
 
Luca Maria Rossi:

Estamos construindo um novo ramo dentro da Baker Hughes para apoiar nossa capacidade de interagir melhor com empresas em estágio inicial. Chegamos com um ângulo industrial muito forte. É claro que a Baker Hughes tem muitos engenheiros, muitas fábricas e alcance global, então podemos realmente ajudar a pegar sua bela ideia e colocá-la em escala. Mas também lhes digo: 'Somos uma grande corporação e nossos processos são complicados porque são estruturados para projetos complexos.' A equipe  New Frontiers e eu estamos criando processos especiais e dedicados para startups, para garantir que não sejam sufocados pelos processos 'corporativos'.

É fácil dizer, mas é uma grande mudança de cultura e estamos tendo sucesso. Agora temos um processo de aquisição dedicado para New Frontiers. Nosso processo típico pode levar vários meses para qualificar um único fornecedor. As startups podem entrar e usar seus próprios fornecedores e ir mais rápido. Semelhante para o processo de contratação, que pode ser mais rápido no contexto de startup. E temos diferentes marcos tecnológicos para essas startups, para podermos ajudá-las a acelerar.

Quando nossa estrutura os sobrecarrega, o que já aconteceu no passado, desaceleramos as coisas. Um exemplo está na fase de pré-investimento, quando estamos fazendo prospecção. As empresas que estamos analisando normalmente têm no máximo cinco ou seis pessoas, e nossa equipe típica de due diligence é de 20 pessoas. Claro, isso funciona muito bem para acordos tradicionais de fusões e aquisições, pois são muito complicados. Mas para a New Frontiers, criamos um processo em que dimensionamos nossas solicitações de due diligence para corresponder aos meios da startup. Faz sentido porque nosso investimento também é muito menor em comparação com as fusões tradicionais. Somos realmente tão otimizados quanto eu gostaria? Ainda não! Estamos indo na direção certa? Sim, nós estamos.

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Luca Maria Rossi, Baker Hughes, durante reunião da equipe New Frontiers
 
Pergunta:
O que você está aprendendo com essa nova abordagem pode mudar os processos da Baker Hughes?
 
Luca Maria Rossi:

A questão ao investir em inovação é que você precisa validar suas tecnologias da forma mais rápida e barata possível. Depois disso, você pode começar a pensar nela como um produto maduro e tradicional, mas tentando gastar o mínimo possível para validar suas hipóteses. O ponto principal para nossa equipe é a rapidez com que podemos validar suposições sobre investimentos. Estamos fazendo pequenas apostas que podem ter retornos enormes e sabemos que a taxa de sucesso pode não ser tão alta quanto a da tecnologia tradicional porque estamos investindo em produtos em um estágio muito inicial.

Para tomar essas decisões, é claro que temos uma parceria muito estreita com nossos dois principais segmentos de negócios, Oil Field Services and Equipment, e Industrial and Energy Technology.
 

 

Pergunta
Qual é o valor para as startups fazerem parceria com a Baker Hughes?
 
Luca Maria Rossi:

O fato de sermos uma empresa de tecnologia de energia é um grande diferencial, pois a tecnologia está no centro de tudo o que fazemos. A profundidade e a qualidade de nossa equipe de P&D – temos 9.000 engenheiros e cientistas, 17 centros globais de inovação e educação e mais de 2.500 patentes – significa que podemos apoiar a inovação para ir mais rápido.

Adicione a isso nossa infraestrutura em termos de fabricação e capacidade de escalar a tecnologia. Em todo o mundo, temos mais de 650 centros de fabricação e serviços, além de sites terceirizados licenciados e 9.000 fornecedores qualificados em 118 países.

Por fim, o aspecto comercial. Temos alcance global e ótimos relacionamentos com nossa extensa rede de clientes. Conduzimos negócios em 120 países e temos cerca de 250 projetos ativos em todo o mundo e essa vasta presença global significa que temos experiência no país e estamos familiarizados com os requisitos regulatórios locais. As empresas de nosso portfólio podem aproveitar tudo isso.

Estamos criando uma estrutura que os investimentos da New Frontiers se alinham bem com os objetivos da Baker Hughes e da startup. Mais frequentemente, assumimos uma posição minoritária, onde podemos cooperar no desenvolvimento da tecnologia por meio de uma licença ou um acordo de desenvolvimento conjunto, mas deixamos a empresa sozinha para administrar seus próprios negócios diários. Estou percebendo que é uma forma poderosa de trabalhar, porque nos dá uma visão da cultura e da empresa com a qual estamos cooperando e investindo, mas, ao mesmo tempo, mantém a distância certa para que o empreendedor tenha liberdade para administrar e assumir seus próprios riscos.

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Torleif Madsen da Compact Carbon Capture (à direita); Luca Maria Rossi (centro) e a equipe Baker Hughes New Frontiers: 'É importante para nós passarmos tempo com as empresas nas quais investimos.'  
 
Pergunta
Você também está buscando dentro da Baker Hughes?
 
Luca Maria Rossi:

Sim! Estou realmente ansioso para explorar nossa inovação interna, porque há muitas ideias na empresa que não decolam porque não estão no centro do que fazemos hoje. A New Frontiers está abrindo a oportunidade de inovação para todos que desejam contribuir. No nível um de nosso processo de geração de ideias, qualquer pessoa pode trazer uma ideia, inclusive nossos próprios funcionários. Não se trata apenas de aferição externa. Os investimentos até agora foram para ideias de fora, porque lá fora tem um mundo de coisas novas acontecendo, mas a gente cultiva muitas inovações dentro da empresa, e isso requer um pouco de atenção da gente.

 

Pergunta
Você poderia nos contar mais sobre a Mosaic Materials, uma aquisição recente?
 
Luca Maria Rossi:

Acredito que esta é uma tecnologia verdadeiramente visionária. A Mosaic Materials está trabalhando na captura direta de ar (DAC). Esta é uma tecnologia incrivelmente desafiadora, mas também muito promissora porque pode realmente separar o CO2 diretamente da atmosfera, um pouco como uma árvore faz. É uma escala em que você pode realmente resolver muitos dos problemas relacionados à descarbonização e pode ser a única tecnologia a reduzir o CO2 . Outras tecnologias podem capturar o CO2 que foi produzido, mas essa tecnologia pode remover a quantidade de CO2 da atmosfera, o que é incrível.

Existem outros trabalhando neste espaço e fizemos muitas pesquisas para encontrar a tecnologia mais promissora. Temos um bom relacionamento com a UC Berkeley, onde os cofundadores da Mosaic Materials desenvolveram essa tecnologia. Sabemos que o princípio científico está certo, agora estamos trabalhando em um plano acelerado para estar no mercado com um produto muito competitivo.

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Luca Maria Rossi, Baker Hughes, no palco de um evento do setor
 
Pergunta
O que você aprendeu até agora nesta função?
 
Luca Maria Rossi

O aprendizado de trabalhar com startups é enorme – a velocidade com que elas podem tomar decisões ou pivotar não é fácil para uma grande empresa como a nossa. Aprendemos que, por mais que nossos processos sejam poderosos e muito sólidos para uma empresa estabelecida, há coisas que podemos aprender ao interagir com startups que podem melhorar nossos processos. É um aprendizado mútuo – estamos aprendendo com as startups e as startups estão aprendendo conosco.

 

Pergunta 
Há mais alguma coisa que você queira que a gente saiba?
 
Luca Maria Rossi:

No momento, minha equipe está baseada principalmente na Europa e na América do Norte, e é onde fizemos todos os nossos investimentos até agora. Planejamos estender nosso reconhecimento. Há uma enorme quantidade de oportunidades na Ásia. A Austrália é muito grande para nós, também Cingapura e Índia. Estamos tentando trabalhar como um conector entre as diferentes partes da empresa. Gostaria que a equipe New Frontiers fosse percebida como um agente de mudança não só para o negócio, mas também para a nossa cultura. O que estamos fazendo só funciona quando a colaboração é muito forte e essa é uma das maiores oportunidades que temos como empresa.

 

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